segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018






RELÓGIO SUÍÇO


E no meio da loucura de vida que se tem, parece que, às vezes deixamos de nos ver, contrariando a ideia de que o dia-a-dia e a coabitação nos tornam sempre presença vibrante. Não, às vezes não. Podem mesmo tornar-nos invisíveis, apesar de estarmos ali. Estamos e não vemos, falamos e não olhamos, sentimos e não pensamos, como se vivêssemos numa centrifugado que nos tira a energia. Pode ser uma coisa normal nas relações longas, acho eu, sejam elas de que cariz for. 
Mas depois também há um mecanismo de relógio suíço, vindo não-sei-de-onde que não falha e que nos dá a vontade de estar e de falar, de olhar e de tocar, de sussurrar e de ouvir. E este mecanismo de relógio suíço que (acho) não avaria, dá-nos vontade de namorar, de fazer pedidos parvos que fazem parte de nós: de ir ao cinema, de comer pipocas, de ver filmes tontos e repetidos as tardes inteiras na televisão, de falar sobre nada e sobre tudo, de estar só, contigo e comigo porque és tu e sou eu e porque fazemos parte um do outro, mesmo que sejamos, por vezes, insuportáveis. Aí a prioridade passamos a ser nós e a descoberta é sempre maravilhosa: A de TI E DE MIM, com todo o capital de vida, esperança e projeto que trouxemos para esta vida em comum.
E é sempre tão bom!
LUV U.



P.S. Há quem diga que os relógios suíços são os melhores...




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