domingo, 22 de outubro de 2017






COISINHA DE NADA

(que é tudo, tudo, tudo...)


Falavas da tua vida por lá, da pressa, das coisas, do ritmo, de tudo e de nada, numa conversa banal para matar o tempo. Falavas em tom sereno, mas rápido. É sempre um prazer ouvir-te falar. Herdaste o tom e o jeito da tua avó materna, já te tenho dito e ainda bem. As tais serenidade e entoação que contagiam, na maior parte das vezes. Relatavas que o encontras com frequência. Que é chatinho e que normalmente estás com pressa quando te aborda, mas que intuitivamente pressentes que tens que lhe dar um bocadinho de atenção, vês que fica agradado, reconhecido e então,  espontaneamente, ages assim e sem te aperceberes, humanizas uma pressa doida de todos os dias, que nos afasta, sem que nos apercebamos, dos afetos simples nas relações com os outros. E só esses Bea, nos tornarão especiais.
Senti-me muito orgulhosa, dessa coisinha de nada que me contavas tão ocasionalmente. Não te disse, mas guardei cá dentro, neste coração elástico que tenho, igual ao coração elástico de todas as mães do mundo, que lhes dá esta capacidade de se orgulharem muito dos filhos, mesmo com estas coisinhas que contam numa conversa qualquer.
Percebi, pelos relatos soltos que ias dando, desse episódio e de outros que tais, que já aprendeste o mais importante e que, sem saberes, tornas-te especial por seres assim.
Isto filha, nenhum curso te dará. E mesmo sendo tua mãe e podendo ter sempre a visão desfocada de amor, acho a sério, que esta coisinha de nada, pode às vezes ser tudo, porque faz a diferença e torna-te especial.
LUV U!!

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