segunda-feira, 16 de janeiro de 2017




O BLOGUE É MEU
(e agora?)


- Há amigas minhas, mãe, que estão sempre à espera de um post teu...
- A sério? Vê lá e tu às vezes nem os lês, já viste?
- Oh, leio alguns, aqueles que têm uns títulos mais apelativos...
- Ah, então é uma questão de título, é?
Sim, sei que há pessoas que me lêem assiduamente. Muitas me têm dito isso, o que não deixa de me causar surpresa, na minha humilde e relativamente recente descoberta da blogosfera, que é o mesmo que dizer, da partilha pública do que escrevo. 
Já o disse muitas vezes. Escrevo porque escrevo, escrevo porque sim. Sem pretensões. Só mudei agora o suporte, porque caderninhos pretos, sem linhas, sempre tive e desabafos de alma para o papel também.
E por isso escrevo sobre ti, muitas vezes, embora saiba que não gostas muito. Mas pronto, o blogue não deixa de ser meu e tenho eu também o último e decisivo feeling. Sei que não gostas, mas não te opões, o que legitima em absoluto que eu o faça. Respeitas, vá lá...
E é com todo o respeito que o faço, pois escrever sobre ti ou sobre os miúdos, é escrever sobre mim, as minhas coisas e o que sinto no mais fundo de mim.
E é por isso que o faço sem razão nenhuma especial para que aconteça. Só porque sim, porque me apetece e na maior parte das vezes à primeira, sem correções. Num impulso.
E hoje assim foi. Apetite, impulso, click.
E é assim, meu amor. Não gosto de dormir abraçadinha, em conchinha, como se vê nos filmes. Não acordo deslumbrante e dengosa, como nos filmes. Sou sempre mal disposta de manhã, preguiçosa e irascível. Muitas vezes não te digo palavras maravilhosas na altura certa. Grito, barafusto, fecho a cara em impulsos de génio que passam logo a seguir. Sou emotiva, temperamental e descontrolada, às vezes. Mas amo-te no mais profundo de mim e penso em ti muitas vezes durante o dia. Gosto da segurança que construí contigo e da sensação que me dá pensar em nós. Um nós seguro, calmo, equilibrado e completo. Um nós antigo e denso, com história e futuro. Um nós que persiste, à parte do que temos para lá de nós. Um nós que continua a atrair-me, apesar do peso dos dias e da vida que é real e não virtual e que, por isso, traz a reboque um pack de problemas triviais. Um nós que é como é, sem filtros cor-de-rosa, ou imagens de revista. Um nós que é nosso e pronto.
E é isto, sem mais nada de especial. 
E escrevo-o aqui, porque me apeteceu e agora?
Afinal, este blogue é meu, certo? 




P.S. E adoro esta foto...

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