segunda-feira, 5 de dezembro de 2016





"MAMÃZICES"

Tens uma maneira de falar que é muito agradável de ouvir, quando tens tempo e quando estás "virada para a conversa". Expressas-te muito bem e tens uma capacidade de análise apurada, que te faz ser eloquente e lúcida. Para além disso, és organizada e ponderada. Revejo-me um pedacinho em ti, nalgumas coisas, que a senhora genética, aproximou-te mais do lado paterno que do meu, é certo, mas revejo-me sim, na expressividade e simpatia que julgo, serem tuas imagens de marca, na maturidade e discernimento. E depois, és especial, acho eu, como acharão certamente todas as mães do mundo, de todos os filhos que tenham. E hoje, não são para aqui chamados os defeitos que, na graça de Deus, também tens, como eu.
Os teus irmãos enchem a casa e povoam-me ao seu jeito avassalador, barulhento e ENORME (neste momento, a tua irmã estuda Filosofia, em voz alta, no quarto e o teu irmão canta - deve ler-se GRITA - no banho). Sinto-me uma mãe afortunada, pela saúde que todos têm, pelo quê de especial de cada um, pelo seu jeito, a sua forma, pelas coisas que vejo em cada um deles, pelo crescimento e rapidez com que a vida os/vos preenche. 
E esta segue, descontraída e apressada, os dias surgem uns atrás dos outros, sempre agitados e cheios de coisas para fazer. Vivo de coração cheio e sinto-me descontraída e pacificada com a tua ausência. Afinal, é uma ausência relativa, suavizada por duas horas de distância e por Skipes e outros que tais
que nos ligam a uma rede de proximidades diárias. Depois, também não sou uma-mãe-muito-lamechas-acho-eu, mas tenho saudades tuas, o que queres e isso, acho que vou sentir sempre... de cada um de vocês, sempre que saírem de perto de mim. Afinal, acho que vou ter sempre esta asa de galinha gorda ...



Um bj, princesa.

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