terça-feira, 12 de julho de 2016




PINGUINHOS DE CHUVA

Apesar do calor abrasador, dominante e absolutamente presente que por aqui se sente, sinto que me tens escapado por entre os pinguinhos da chuva, aquela miudinha e irritante que está sempre lá em tardes invernosas e da qual imaginamos pingos insistentes e chatos.
Tens estado ocupada em coisas várias que escolheste fazer para passar (e bem!) o tempo, isso altera-te as rotinas absolutamente ociosas de férias que, aliadas ao calor desta terra, vos podem transformar por momentos em coisas quase inertes em cima de sofás de qualquer sala, e por isso, não tenho tido oportunidade de te observar a cada hora, com aquele olhar clínico de mãe que sei todas podemos ter, transformado em radar super sónico de deteção de problemas.
Pois é, é verdade isto, mas quero dizer-te que apesar de tudo, te intuo e percebo e vejo e ausculto como se fosses transparente, mesmo que não me digas nada, nem partilhes as coisas que são tuas e de mais ninguém. Aproveito para isso cada gesto, momento, olhar, riso, tom, como se precisasse de tirar destes meios, toda a informação que TAMBÉM ELES nos podem dar.  Afinal, estas mães transformadas em radares, também sabem que são isso mesmo: mães e não as melhores amigas, pares, da mesma idade e com as mesmas sintonias e gostos. E esta minha certeza de radar é mais que suficiente por ora, pois sei que nela cabe dentro o maior e mais genuíno  amor do mundo. E eu sei que tu também sabes disso!

LUV U sweetie!!



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