sexta-feira, 18 de março de 2016




LUVINHA DE PELICA

Entrou, no alto dos seus saltos de 15 centímetros. O andar era seguro, mas o ar era exagerado, pouco natural. Pintadíssima, demais, para o meu gosto. Reparei que pouco era de si própria: pestanas falsas, unhas falsas, decote falso também, tudo muito em modo "demais". Enfim, gostos, pensei e quanto a isso, nada a fazer.
De repente, oiço-a sorver, sim, sorver ruidosamente o galão. A colher, lá dentro ainda, mesmo enquanto ia bebendo, a torrada ia sendo mergulhada dentro do leite e era sorvida a seguir... ruidosamente também.
Pois, pensei... de facto,  também quanto a isto não há nada a fazer.
De repente lembrei-me desta frase que tinha aqui, algures, recolhida do Pinterest.


Achei que entrava aqui, como uma luvinha de pelica.
Pois é, de facto, há coisas que nunca terão explicação, por mais que o verniz seja brilhante, muito brilhante...

P.S. Ah, a frase é atribuída a Leonardo DaVinci.

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