quinta-feira, 5 de março de 2015



MOEDA DE CHOCOLATE



Hoje foi mais ou menos isto...



Enfiámos a moeda de chocolate na boca, com um gesto rápido, quase sorrateiro. 
-Tens o papel, tens o papel - gritei-lhe eu, já rir, tentando tapar a boca e abafar o riso, que saía espontâneo. 
Não consegui parar. A cara dele, a rapidez com que cuspiu o que tinha na boca, quase se engasgando, a sofreguidão de engolir ainda algum restinho, os olhos grandes a rir de espanto e de graça. 
Foi giro aquele momento. Senti-me bem com ele e sei que ele se sentiu (e sente) bem comigo.
Riu também comigo, com gosto. E ali ficámos, metade de um minuto os dois, agarrados à barriga, a abafar as gargalhadas que dávamos. 
Os olhos dele disseram-me tudo naqueles 30 segundos e à boleia desses olhos grandes, ganhei logo o ascendente necessário para me zangar (com sucesso), 10 minutos depois, com uma preguicite muito, muito AGUDA, que o impedia (quase!) de fazer o que quer que fosse. E lá vou gerindo o que lhe proponho, tentando sempre menorizar-lhe as dificuldades e equilibrar isso com a eficácia (possível) no desempenho.

Quando penso, às vezes, no que ando aqui a fazer, são momentos destes, lambuzados de chocolate, que me vão mostrando o caminho...
Ufa! Ainda bem que os ascendentes se conquistam e não acontecem por decreto. É que nesta conquista, tenho-me safado muito bem. 
Não será isto o principal?


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