sexta-feira, 16 de maio de 2014






Se calhar, SER AMIGO é assim, às vezes, olhar um céu sem fim...



QUEM DISSE QUE AS FAMÍLIAS ERAM SÓ DE SANGUE?

























Parece que ontem se celebrou o Dia Internacional da Família e eu, mea culpa, mais uma vez passei ao largo desta efeméride, de forma mais ou menos consciente, já que este tema é tão transversal, tão presente, tão rico, tão SEMPRE, que não senti apelo de falar nele com o meu grupo de miúdos na escola, ou de registá-lo de forma mais significativa por aqui.
Parece que foi em 1994 que a ONU resolver instituir este dia, pretendendo fazer realçar a importância da família e das problemáticas a ela associadas.
Não senti ontem esse apelo. Falo sempre nela (família) de todas as maneiras e feitios e quem é seguidor mais ou menos assíduo deste blog, testemunha isso, mas hoje lembrei-me daquela família que escolhemos e que não é biológica, daquelas pessoas com as quais criamos vínculos que não queremos perder, daquelas relações que temos há tantos e tantos anos e que nos vão acompanhando, indo ali ao lado das nossas vidas e apanhando-lhes o tom, a cor, o cheiro. Foi desses, dos amigos, que esta efeméride me fez lembrar, dando-lhes a força de família a sério e fazendo-os partes tão importantes da minha vida, tão viscerais e necessárias que os tornam ente queridos de sangue, quase!
E poder assim, olhar o céu sem destino, ao lado de uma amiga de sempre, poder perder horas na conversa, arrastando o tempo só porque sim, falar-se do que se gosta, do que se quer, ter-se cumplicidades que não precisam de ser verbalizadas, porque são percebidas e sentidas mesmo em silêncio, sentir os amigos (as) à mão de semear porque me são queridos (as) e porque me fazem sentir querida, ouvi-los falar de mim e comigo, com um amor que se chama amizade e que tem um tamanho tão grande que lá cabe também aquela coisa chamada SINCERIDADE; enfim, se isto não faz lembrar a família, então não sei...
É que, o que me estava mesmo a apetecer agora, era essa coisa deliciosa assim, de ficar a olhar para um céu sem fim, com uma, ou outra amiga, daquelas do peito e sentir que são de sangue, quase...!


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