sábado, 14 de dezembro de 2013




PARABÉNS BLOGOSFÉRICOS...



... do verbo em Latim BEARE, que quer
dizer, aquela que traz felicidade...
Eram 6.30 da manhã e estava escuríssimo ainda. Atravessei a sala e fui deitar-me ao seu lado, abracei-a, dobrei a almofada para elevar mais a cabeça e ali fiquei mais alguns minutos antes da alvorada definitiva que não tardava já. Ela dormia profundamente, mas reagiu ao toque, chegou-se mais para lá um pedacinho e eu consegui enroscar-me naquele corpo que já não é de menina, num tamanho de cama já adulto.  - Está enorme, a minha filha, uma mulher, especial e única, eu sei. Ali fiquei, não querendo sequer que a respiração entrasse pelo silêncio adentro e quebrasse aquela magia, pois sei que aqueles minutos iriam ser eternos só enquanto durassem. O dia iria romper já de seguidinha e com ele o alvoroço de uma rotina que se instala, sobranceira e eu fiz daquele momento qualquer coisa só minha, secreta, decerto passaporte de bem-estar para um dia inteiro que ia chegando.

Abençoei-a, agradeci muito por ela, pedi a Deus que a proteja muito e saboreei aquele pedaço silencioso de amor entre mãe e filha e filha e mãe. A seguir, outros pedaços ruidosos de amor, com os outros dois filhos a saltar-lhe para cima e a cantar-lhe os parabéns, todos de pijama, ensonados, preguiçosos...

Não sei se vou escrever sempre de cada vez que um dos meus filhos celebrar o seu aniversário, como o fiz aqui (http://agridoceedoce.blogspot.pt/2012/12/beatriz-o-seu-bisavo-paterno-tera-sido.html, ou aqui (http://agridoceedoce.blogspot.pt/2013/06/o-meu-agridoce.html. Não penso muito nisso, escrevo quando me apetece, o que me apetece e pronto, respondendo ao tal apelo interior que surge assim, do nada, que às vezes assume o espaço e o tamanho de tudo. E hoje foi assim. A minha filha mais velha fez 16 anos e o meu coração e o meu pensamento encheram-se de recordações, de imagens, de momentos, de memórias que me constroem a mim como mãe e a ela como filha e irmã. Ela já me deu tanto... sei que vai continuar a crescer e a fazer aniversários, a preencher-me os dias assim, mesmo quando eu já for velhinha e ela, uma mulher crescida e autónoma, que tome então, conta de mim. Sei que vai continuar a dar-me este amor descomedido, disfarçado de vida normal, de rotinas, de zangas e opiniões. Sei que está a ficar uma mulher interessante, decidida, determinada e sensível. E por tudo isto que sei e mais coisas que não cabem aqui, pois são exclusivas do meu coração elástico de mãe, aqui lhe deixo um beijinho de parabéns, do tamanho infinito desta blogosfera... é que hoje, eu tinha mesmo que dizer isto!!



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